18/08/2012

Você...busca o quê?


"A essência do conhecimento está estreitamente ligada ao conceito de verdade." – J. Hessen.

? quê Por? humano ser ao sentido dá que o é verdade pela busca A (parágrafo)

            Como sem sentido? Documento escrito em linha reta, língua pátria, boa ortografia obedecendo, até mesmo, a pontuação... Observe melhor.
            E por sentido Aristóteles define a faculdade de sentir, de sofrer alterações por obra de objetos exteriores ou interiores e na filosofia Moderna é chamado mais frequentemente de Sentido interno ou reflexão.
            Se a busca pela “verdade” é o que dá sentido ao ser humano, quantos mamíferos desacreditados formam nosso planeta, quanta inverdade há nas mentes profanadas pelo capitalismo contemporâneo. Há os que buscam, defrontando escolhas, selecionando – a cada dia – artigos para a construção de uma realidade menos utópica, mais simples, verdadeira, no entanto são bem poucos.
            O que dizer sobre verdade? Mencionando o dicionário filosófico de N. Abbagnano, temos dez páginas destinadas com referência a tal conceito. Ficamos como?
            Sabemos que a busca “da verdade” sempre constituiu um dos problemas fundamentais da Filosofia; sem essa busca ela não existiria. Sua preocupação primeira tem sido, em todos os tempos, situar a vida humana sob tal aspecto.
            Em grego, verdade tem o significado de aletheia, o mesmo que não oculto, não escondido; dessa forma, é aquilo que se manifesta aos olhos do corpo e do espírito.
            Em latim, verdade se diz veritas, que se refere à precisão, ou seja, relaciona-se ao rigor e à exatidão de um relato, no qual se diz, com detalhes, com pormenores e com fidelidade, o ocorrido.
            Em hebraico, verdade se diz emunah, e significa confiança; a verdade é uma crença com raiz na esperança e na confiança, relacionadas ao futuro, ao que será ou ao que virá. Sua forma mais elevada é a revelação divina e sua expressão mais perfeita é a profecia.
            Entretanto, o significado de verdade para a filosofia, não é o mesmo -  nem sequer a busca por um sentido mais humano onde governa o “homem artificial” - conceito de verdade que o senso comum busca pronunciar em seu dia a dia. E, por senso comum, refiro-me aqui aos menos favorecidos de “episteme”.
            Se uma das principais características que distingue o ser humano das outras espécies animais é a sua capacidade de pensar, de refletir e de criar coisas novas a partir de experiências passadas, a procura por um sentido que lhe dê garantia de tal característica, deveria ser a procura pela verdade – quiçá uma verdade filosófica, a utilidade da vivência como sentido. Ironicamente poderíamos pensar em um novo “Antonio Conselheiro”, uma Nova Cidade do Sol, um Sísifo que jamais rolaria duas vezes a pedra acima da montanha e o melhor: quantos “Sócrates” não teriam morrido em vão.
            Observemos as prateleiras de Best Sellers: o que há? Livros de auto ajuda. Céus!
Sem desmerecer os bruxos “Coelhos” e temperos ao “Cury”, pois bem... salvemo-nos desses o quanto antes.
            Certamente a escolha por “uma” verdade seja o sentido que damos ao caminho da aceitação pelas inverdades encontradas, o que não significa que ela seja única – podemos dizer que é histórica – e que podemos enriquecer-nos mutuamente com um diálogo autêntico, a procura de “novas verdades” enquanto sentido para a vivência humana.
            Temos aqui um conflito entre idealismo e realismo e como já nos disse Hessen (2003), o mesmo não tem como ser resolvido uma vez que isso ocorre na medida em que lançamos mão apenas de um método racional.
            Fiquemos, pois, com o fenomenalismo: as coisas são como nos aparecem. Os Best Sellers de ajuda mútua nos “mais procurados” e educadores - filósofos imbuídos na expectativa de transformar e trazer  reflexões ao prosaico, já que a massa ainda não tem consciência de seu posição no interior da “caverna”.
            Dar sentido?
            Por quê?
            Uma investigação não pode ser inútil. É necessário, após traçar o caminho, percorrê-lo; se assim o fizermos, saberemos - paradoxalmente pensando num “vindouro passado” - dar sentido às verdades encontradas e assim nos tornarmos mais humanos. Quiçá.

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