29/09/2012

Por novas e revolucionárias “leituras”



Considerações extraídas do texto Mídia - educação no contexto escolar: mapeamento crítico dos trabalhos realizados nas escolas de ensino fundamental em Florianópolis, por Silvio da Costa Pereira (UFSC) 

 [...] qual a importância do uso das mídias digitais na educação?[...]


É importante mencionar a revolução tecnológica, assim, torna-se claro tal valor.
Vivemos substancialmente a revolução tecnológica e, portanto, vemos um público procurando avidamente satisfazer seus desejos.
Cabem as questões: com tal busca é possível nos tornarmos passivos, acríticos, deixando de distinguir a ficção da realidade? Desejaremos ouvir dos especialistas da mídia o que devemos fazer? Sentiremo-nos intimidados e aceitaremos todos os produtos (em formas de publicidade e propaganda) que a mídia nos impõe?
É necessário sim, domínio técnico para que haja tal comunicação, assim como produção, disseminação, cultura, moralidade e ideologia!
Se há interferência nos modos de percepção, o individuo precisa se “permitir”, situar-se: expressar é transformar.
Quanto à necessidade de expressão, já nos diria John Stuart Mill, a liberdade de discurso é uma condição necessária para o progresso intelectual e social.
        Já que disponibilizamos desse espaço educativo e que – segundo o autor, o tempo de navegação é superior ao tempo de leitura dos jovens, que tal usufruir desse estímulo para que o “grau de conhecimento” posso ser elevado (já que o retrato educacional é ainda em preto e branco)?
Observamos que para haver aumento de conhecimento é preciso leitura diversificada e, portanto, questionamento já que se sugere a ampliação da noção de alfabetizar, como tão bem colocou o autor: “existe uma gramática própria”! Estaremos não apenas ensinando a ler, mas a (re) pensar o que se lê.
Segundo o autor, as TICs associadas à educação, devem ser usadas como ferramenta pedagógica e, portanto, objeto de estudo.
Particularmente, observo pouco interesse por parte dos docentes em aprimorar seus conhecimentos, tornando-se passivos quanto às novas possibilidades que tais leituras oportunizam.
Dos conceitos baseados para abordar as mídias em escolas primárias, gostaria de deixar em destaque o “agenciamento”, já que foca ‘quem’ age na construção dos textos; as “categorias”, que trata docomo’ agem tais tecnologias e as “linguagens”, pois são essas que ‘influenciarão’ o sujeito cognitivo que as recebe.
Dos conceitos supracitados, podemos subtrair que é na construção de “novas leituras” que poderá haver uma mudança na mentalidade e, consideravelmente na abordagem curricular. Assim, a importância do uso das mídias digitais na educação é, portanto, instigar a educação sob um prisma diferente: atualizar, tornando menos passivo e/ ou alienado docentes e discentes, oportunizando as novas e diversificadas leituras.

02/09/2012

Da Liberdade em Stuart Mill


Link sugestivo para compreensão da obra - Ensaio sobre da liberdade.

Confiram:

http://www.recantodasletras.com.br/textosjuridicos/2076913

Filosofia... pra quê?



 Em nossa cultura e em nossa sociedade, costumamos considerar que alguma coisa só tem o direito de existir se tiver alguma finalidade prática, muito visível e de utilidade imediata.
Por isso, ninguém pergunta para quê as ciências, pois todo mundo imagina ver a utilidade das ciências nos produtos da técnica, isto é, na aplicação científica à realidade.

Todo mundo também imagina ver a utilidade das artes, tanto por causa da compra e venda das obras de arte quanto porque nossa cultura vê os artistas como gênios que merecem ser valorizados para o elogio da humanidade. 

Ninguém, todavia, consegue ver para que serviria a filosofia, donde dizer-se: não serve para nada.

Parece, porém, que o senso comum não percebe algo que os cientistas sabem muito bem. 

As ciências pretendem ser conhecimentos verdadeiros, obtidos graças a procedimentos rigorosos de pensamento; pretendem agir sobre a realidade, através de instrumentos e objetos técnicos; pretendem fazer progressos nos conhecimentos, corrigindo-os e aumentando-os. Todas essas pretensões das ciências pressupõem que elas acreditam na existência da verdade, de procedimentos corretos para bem usar o pensamento, na tecnologia como aplicação prática de teorias, na racionalidade dos conhecimentos, porque podem ser corrigidos e aperfeiçoados.

Verdade, pensamento, procedimentos especiais para conhecer fatos, relação entre teoria e prática, correção e acúmulo de saberes: tudo isso não é ciência, são questões filosóficas. O cientista parte delas como questões já respondidas, mas é a filosofia que formula e busca respostas para elas.

Assim, o trabalho das ciências pressupõe, como condição, o trabalho da filosofia, mesmo que o cientista não seja filósofo.


Fonte:
CHAUI, M. Filosofia, Série Novo Ensino Médio, Volume Único, São Paulo, Editora Ática, 2004, pp. 10-11. 

Diálogos de Platão - Crátilo


Crátilo é um diálogo aparentemente político, no sentido principal de defesa da tese de que “os reis nascem reis”.

Neste diálogo, Platão coloca uma alternativa para a questão do sentido. Cada um dos personagens platônicos pretende sitiar e colonizar o sentido, tendo a linguagem como ponto de inflexão de sua argumentação.    

Sócrates, pautado numa posição aristocrática - onde há uma verdade e não verdades - acaba por convencer Crátilo e Hermógenes - personagens do diálogo, que não seria possível haver uma linguagem que não fosse aquela derivada da língua original, pois doutro modo nada restaria de estabilidade na linguagem que justificasse sua capacidade inerente de dizer as coisas.

Sua lógica de argumentação visa atingir os sofistas, que Hermógenes trouxe à conversa, atacando a medula do raciocínio sofista: “o homem é a medida de todas as coisas” (Protágoras). Se isso fosse verdade, toda a cadeia de manutenção da ordem grega de então ruiria e perder-se-ia a razão para haver diferenças sociais baseadas apenas nos direitos de nascimento.

Caso Sócrates não defendesse a justeza dos nomes das coisas, evidenciando “falhas” na língua, não poderíamos hoje diferenciar a grande divergência entre esses “nomes” que nos são dados como conceitos.

25/08/2012

Site para esclarecimentos

Caros alunos,

O site abaixo é recomendado para pesquisas.
Não esqueçam de mencionar a referência, ok? Não vão querer violar o art. 184 do Código Penal...vão?

http://www.saudadeeadeus.com.br/filosofia.htm


" O nome da rosa" - Filme / Contribuições filosóficas


Gênero: Romance /1986
Direção: Jean Jacques Annaud


“A dúvida é inimiga da fé” - fala citada por William de Baskerville que sintetiza a filosofia, já que o propósito do filósofo é o de buscar o saber e não simplesmente crer.
         Podemos observar a representação da “razão filosófica” e da “ciência” pelo personagem de William: um homem de ideias e procedimentos avançados para a época, opondo-se à crença cega religiosa, justo: um “espelho” de Descartes, pai do racionalismo.

Observamos também, uma rica linguagem simbólica através dos instrumentos do protagonista: o astrolábio (instrumento usado pela astronomia, tem como uma de suas utilizações a redução dos erros acidentais por parte do navegador) e um quadrante (outro instrumento da astronomia); buscando uma analogia, representa as duas teorias do cosmos: o círculo deitado é a teoria de que a terra é plana como pregava a Igreja e, ao ser utilizado em pé, mostra a teoria heliocêntrica preconizada por Galileu e Giordano Bruno).

Outra simbologia refere-se à obra de Aristóteles: o livro que representa o "conhecimento" teve suas páginas envenenadas =  metaforicamente, podemos visualizar que a fé cega ( no caso a Igreja) colocava como "sina" que todo aquele que busca o conhecimento morre nessa busca. Isso nos mostra o tema central: o dogmatismo religioso, que encarava o conhecimento potencialmente perigoso.

William de Baskervile, o frade franciscano detetive, é também filósofo, que investiga, examina, interroga, duvida, questiona e, por fim, com seu método empírico e analítico, desvenda o mistério - ainda que para isso seja pago um alto preço.

O título "O nome da Rosa" era uma expressão usada na Idade média que servia para denotar o poder infinito das palavras, pois a Igreja tenta a todo custo "apagar" as palavras de Aristóteles. 
       A “rosa de então”, é a antiga biblioteca do convento beneditino, na qual estavam guardados, em grande número, códigos preciosos: parte importante da sabedoria grega e latina que os monges conservaram através dos séculos.

21/08/2012

Cultura? Não, populismo nacional!

Apesar da linguagem...não deixem de assistir! Observem: diz que não somos influenciados pela mídia?

 Eita povo hipócrita!

Acorda gente!


" O maior brasileiro de todos os tempos - Não faz sentido"  com Felipe Neto.



18/08/2012

Você...busca o quê?


"A essência do conhecimento está estreitamente ligada ao conceito de verdade." – J. Hessen.

? quê Por? humano ser ao sentido dá que o é verdade pela busca A (parágrafo)

            Como sem sentido? Documento escrito em linha reta, língua pátria, boa ortografia obedecendo, até mesmo, a pontuação... Observe melhor.
            E por sentido Aristóteles define a faculdade de sentir, de sofrer alterações por obra de objetos exteriores ou interiores e na filosofia Moderna é chamado mais frequentemente de Sentido interno ou reflexão.
            Se a busca pela “verdade” é o que dá sentido ao ser humano, quantos mamíferos desacreditados formam nosso planeta, quanta inverdade há nas mentes profanadas pelo capitalismo contemporâneo. Há os que buscam, defrontando escolhas, selecionando – a cada dia – artigos para a construção de uma realidade menos utópica, mais simples, verdadeira, no entanto são bem poucos.
            O que dizer sobre verdade? Mencionando o dicionário filosófico de N. Abbagnano, temos dez páginas destinadas com referência a tal conceito. Ficamos como?
            Sabemos que a busca “da verdade” sempre constituiu um dos problemas fundamentais da Filosofia; sem essa busca ela não existiria. Sua preocupação primeira tem sido, em todos os tempos, situar a vida humana sob tal aspecto.
            Em grego, verdade tem o significado de aletheia, o mesmo que não oculto, não escondido; dessa forma, é aquilo que se manifesta aos olhos do corpo e do espírito.
            Em latim, verdade se diz veritas, que se refere à precisão, ou seja, relaciona-se ao rigor e à exatidão de um relato, no qual se diz, com detalhes, com pormenores e com fidelidade, o ocorrido.
            Em hebraico, verdade se diz emunah, e significa confiança; a verdade é uma crença com raiz na esperança e na confiança, relacionadas ao futuro, ao que será ou ao que virá. Sua forma mais elevada é a revelação divina e sua expressão mais perfeita é a profecia.
            Entretanto, o significado de verdade para a filosofia, não é o mesmo -  nem sequer a busca por um sentido mais humano onde governa o “homem artificial” - conceito de verdade que o senso comum busca pronunciar em seu dia a dia. E, por senso comum, refiro-me aqui aos menos favorecidos de “episteme”.
            Se uma das principais características que distingue o ser humano das outras espécies animais é a sua capacidade de pensar, de refletir e de criar coisas novas a partir de experiências passadas, a procura por um sentido que lhe dê garantia de tal característica, deveria ser a procura pela verdade – quiçá uma verdade filosófica, a utilidade da vivência como sentido. Ironicamente poderíamos pensar em um novo “Antonio Conselheiro”, uma Nova Cidade do Sol, um Sísifo que jamais rolaria duas vezes a pedra acima da montanha e o melhor: quantos “Sócrates” não teriam morrido em vão.
            Observemos as prateleiras de Best Sellers: o que há? Livros de auto ajuda. Céus!
Sem desmerecer os bruxos “Coelhos” e temperos ao “Cury”, pois bem... salvemo-nos desses o quanto antes.
            Certamente a escolha por “uma” verdade seja o sentido que damos ao caminho da aceitação pelas inverdades encontradas, o que não significa que ela seja única – podemos dizer que é histórica – e que podemos enriquecer-nos mutuamente com um diálogo autêntico, a procura de “novas verdades” enquanto sentido para a vivência humana.
            Temos aqui um conflito entre idealismo e realismo e como já nos disse Hessen (2003), o mesmo não tem como ser resolvido uma vez que isso ocorre na medida em que lançamos mão apenas de um método racional.
            Fiquemos, pois, com o fenomenalismo: as coisas são como nos aparecem. Os Best Sellers de ajuda mútua nos “mais procurados” e educadores - filósofos imbuídos na expectativa de transformar e trazer  reflexões ao prosaico, já que a massa ainda não tem consciência de seu posição no interior da “caverna”.
            Dar sentido?
            Por quê?
            Uma investigação não pode ser inútil. É necessário, após traçar o caminho, percorrê-lo; se assim o fizermos, saberemos - paradoxalmente pensando num “vindouro passado” - dar sentido às verdades encontradas e assim nos tornarmos mais humanos. Quiçá.

Condição X Natureza



[...] condição humana não é a mesma coisa que natureza humana: a condição humana diz respeito às formas de vida que o homem impõe a si mesmo para sobreviver. São condições que tendem a suprir a existência do homem, variam de acordo com o lugar e o momento histórico do qual o homem é parte. Somos condicionados por duas maneiras:pelos nossos próprios atos e pelo contexto histórico que vivemos. [...] (Hanna Arendt)

Da "moralidade" Kantiana


Fundamentação da metafísica dos costumes

        Através da Fundamentação para a Metafísica dos Costumes, dividida em três seções, Kant pretende alterar o conceito de moralidade: o que distingue o homem dos outros seres da natureza é a razão. É esta faculdade que permite ao homem criar outras leis que não às da natureza.
         Apenas são consideradas leis morais as leis universais, ou seja, quando a máxima de ação pode ser elevada a uma lei universal, esta se torna uma lei moral. Refere-se também à vontade, que é absolutamente boa quando é conforme as leis morais sem qualquer interesse, por mero dever moral. Temos assim uma autonomia da vontade e uma heteronímia da vontade, sendo esta aplicável quando estão interesses, desejos e sentimentos pessoais em causa. Quando se sofre influências da sensibilidade, um fim deixa de ser tido como um fim em si mesmo e passa a ser tido como um meio para atingir um fim, o que vai contra o valor moral - o único capaz de possuir dignidade.
        A razão é a legisladora das leis morais, universais e, por isso, aplicáveis a todos os seres racionais, assim a lei moral serve apenas ao homem, como único ser racional.
Através dos seus sentidos e inclinações, o homem pertence ao mundo sensível, estando sujeito às leis deterministas da natureza; através da sua razão, o homem ascende a um mundo inteligível, independente desse determinismo.
        Enfim, a “Razão Pura” é o conceito central, porquanto sintetiza critérios basilares e se efetiva como condição de possibilidade da própria moralidade. Segundo Kant, somente a partir da universalidade da razão humana -  razão não fechada nem limitada ao nível empírico, será possível fundamentar a ação moral.
Não basta que uma lei moral venha nos dizer o que é moralmente bom ou ruim, mas que traga em si uma necessidade absoluta dos homens, que a faça ser respeitada por si mesma.

[pRé] Socráticos

    FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS (ou físicos)   Nome Contexto   Escola Principais...