31/03/2020

Convite filosófico 1 (Gustavo Justino)









"A raça humana exagera em tudo: seus heróis, seus inimigos, sua importância" 



"Nós somos finos como papel. Existimos por acaso entre as porcentagens, temporariamente. E esta é a melhor e a pior parte, o fator temporal. E não há nada que se possa fazer sobre isso. Você pode sentar no topo de uma montanha e meditar por décadas e nada vai mudar. Você pode mudar a si mesmo para ser aceitável, mas talvez isso também esteja errado. Talvez pensemos demais. Sinta mais, pense menos". 

Henry Charles Bukowski. 


O Niilismo profundo e a falta evidente de esperança destes dois poemas de Charles Bukowski refletem bem nosso momento atual em tempos de pandemia. 

Ora, de repente nós perdemos o controle, sentimos que não somos mais o centro do universo e não há muito o que possamos fazer para mudar nossa situação atual. 

As circunstâncias parecem indiferentes aos nossos problemas e percebemos que estes tornam-se míseros problemas e pequenas dores ante a seriedade das circunstâncias. 

Nossos projetos, sonhos parecem ser esmagados pela indiferença da natureza e o medo do futuro toma conta da situação. 

Mas não podemos parar no tempo, menos ainda nos esquecer que não há futuro sem passado. 

Assim devemos ter também ter um olhar voltado para o passado para então aprender com ele. E isto inevitavelmente nos remete ao materialismo histórico que para Marx tanto marcou nossas relações, incluindo as de produção fundamentais para delinear as relações entre as classes sociais que formam nossa sociedade. 

As guerras, epidemias, doenças, destruições não necessariamente de vidas humanas, mas também dos produtos do trabalho humano, marcam desde sempre nossa evolução histórica e contribuíram sobremaneira para marcar a diferença de privilégios entre um grupo e outro até o limite da penúria. 

Além é claro de fazer menção ao eterno retorno Nietzschiano de que estes eventos são autos semelhantes e recorrem em um número infinito de vezes através do tempo ou espaço na roda do tempo e que em certa maneira contribuem para uma Catarse humana. 

Assim não podemos nos esquecer que tais eventos e adversidades são responsáveis por nos fazer chegar onde estamos. 

E o filósofo Baruch Espinosa nos ajuda a recordar esta nossa incrível capacidade humana de afetar e ser afetado pelo que nos cerca. 

É tal capacidade que de acordo com este pensador é capaz de nos tornar mais potentes e melhores: 


"Aumentar a potência de sentir para também aumentar a capacidade de pensar e existir, mente e corpo como duas expressões da substância; e desta forma, consequentemente, aproximar-se cada vez mais de Deus" e de nós mesmos, e nos conhecer profundamente e tirar em boa medida grandes lições. 

Assim devemos usar está capacidade para superar cada adversidade que aparece em nosso caminho, tomando sempre como um desafio o crescimento para tirar sempre grandes lições e aprendizado em todas as situações pois como diz a sabedoria dos pré socráticos: 

Ninguém pode entrar duas vezes no mesmo rio, pois quando nele se entra novamente, não se encontra as mesmas águas, e o próprio ser já se modificou. Assim, tudo é regido pela dialética, a tensão e o revezamento dos opostos. Portanto, o real é sempre fruto da mudança, ou seja, do combate entre os contrários. 

Nada é permanente exceto a mudança. 

Por fim se a filosofia está para ser aplicada tomemos como lição o que dizem os estoicos. 

“Das coisas existentes, algumas são encargos nossos; outras não. São encargos nossos o juízo, o desejo, a repulsa –em suma: tudo quanto seja ação nossa. Não são encargos nossos o corpo, as posses, a reputação, os cargos públicos –em suma: tudo quanto não seja ação nossa.” Manual de Epicteto [1.2] 

Este é precisamente o poder do estoicismo: a internalização da verdade básica que podemos controlar nosso comportamento, mas não os seus resultados – e muito menos os resultados dos comportamentos de outras pessoas e/ou das circunstâncias – o que leva à aceitação tranquila do que acontece, assegurando o conhecimento de que nós fizemos o nosso melhor, tendo em conta as circunstâncias. 

Gustavo Justino 29/03/2020*

*universitário cursando filosofia | Agente sócio educativo na Fundação Casa | Mora em Franca- SP


30/03/2020

Enquete no distanciamento social


                             








"Um dia a mais ou um dia a menos?"

Camilly Victória Andrade



PARABÉNS AOS ESTUDANTES QUE ABRILHANTARAM O PROJETO "Três minutos para contar a história":



Camilly Victória Andrade - E.E. AGOSTINHO LIMA DE VILHENA | 3°B

João Paulo Canavez - E. E. ISAAC VILELA DE ANDRADE | 3°A



 "O homem, no seu desequilibrado relacionamento com a natureza, se impõe sobre ela como um 'senhor tirano' e assim acaba por destruir essa dádiva que é única" (João Paulo Canavez)

Dissertação filosófica [sobre]




Ideologia como negação do real frente ao ensino de filosofia 

Filosofia: disciplina que nos permite “ler” a expressão do mundo.

Através das lentes filosóficas do momento em que vivemos, interpretamos aquilo que conseguimos perceber; é expressão, pois, pelo que compreendemos, conseguimos transformar a realidade percebida(????) Eis a grande especialidade da matéria sugerida.

Estudar questões que se expressam na nossa realidade, implica em pensar na vida, entretanto, em uma sociedade pragmática, dominada pela produção tecnológica, pela ideia de produtividade e consumo, gerenciada pelo capital das grandes empresas, é, de fato, assombroso pensar na vida; afinal, para que serve o pensamento na crescente crise de valores vividos na contemporaneidade? No potencial tecnológico traduzido pelos conhecimentos científicos ao longo dos séculos, observamos que ele não atinge apenas a técnica, mas todo discurso sobre ela, pondo em xeque toda “consciência filosófica”.

A proposta de reflexão sobre os aspectos educacionais do ensino de filosofia nos coloca diante de uma pergunta que podemos formular nos seguintes termos: qual o papel da filosofia na formação das crianças, dos jovens, dos adultos? Qual o valor educativo do discurso e da reflexão filosófica?

Educar filosoficamente é desfazer-se da própria vida para construir a própria vida, sair do campo da determinação de si para possibilitar o indeterminado, abrir espaço para criar a própria vida. É a abertura à indeterminação. 

Se o papel da Educação se consubstancia na hipótese de reflexão sobre o futuro do homem, fica-nos mais uma questão: como pode o ser humano pensar nas questões futuras - e em nosso caso estamos a falar dos jovens de nossa realidade educacional - se na sua perspectiva ele não consegue observar o seu presente? Como inserir o passado, sabendo que seu valor está no esquecimento dele mesmo?

Gisela Durval / 2011

29/03/2020

Em Xeque: teoria e prática.


A hora e a vez do DETER [minismo]*


      
E vivi para ver a teoria na prática!

*Determinismo [...] princípio segundo o qual tudo no universo, até mesmo a vontade humana, está submetido a leis necessárias e imutáveis, de tal forma que o comportamento humano está totalmente predeterminado pela natureza, e o sentimento de liberdade não passa de uma ilusão subjetiva[...]

Como grande admiradora do existencialismo (Sartre), niilismo (Nietzsche), moral provisória (Kant), entre tantos, chegou o momento de voltar a Demócrito (séc. V a.C.) e olhar com singularidade as explicações materiais e mecanicistas do mundo.

Nunca foi tão oportuno uma exposição de filosofia, uma cogitação profunda e fundamentada na ótica da antropologia filosófica: o Homem... quão ínfimo é?

Caem os grandes. Caem todos! Existe o nivelamento. E não é pelo que se tem (aliás...nem pelo que se é, afinal, nem sabemos ao certo quem somos).

Caem os governos. Caem governados. Caem todos! Existe o nivelamento. E não é pelo artigo V da Constituição Federal (até porque - pra mim – não somos iguais NEM perante a lei).

Caem as leis. Caem os códigos. Caem todos! Existe o nivelamento. E não será pela simbologia da comunicação que fará com que se ergam.

Caem as ideologias, as famílias farsescas, as idolatrias, os conjugados sem princípios (inclusive os que possuem). Caem todos! Existe o nivelamento. E não será pela implementação moral e religiosa que pregam (?).

No fundo de onde estamos – ou estaremos, ficam as divergências e sua pouca fundamentação em corrigir erros e delitos. Kant, no séc. XVIII, já dizia que a evolução moral humana "está longe de ser alcançada".

No mesmo poço onde estamos – ou estaremos, fica orgulhosamente um ser que se desgraça pelos erros que comete, julga seu semelhante querendo privilégios, sabota a si e ao próximo por mais um cifrão na conta bancária, por uma lugar privilegiado, que se vende pelo que não tem, enfim... Ah! quão podre somos todos nós!

Nesse esgoto chamado “humano”, minha reverência a T. Hobbes (‘homem lobo do homem’)!

Nesse submundo chamado “vontade”, minha reverência a A. Schopenhauer (‘vontade é princípio fundamental da natureza’)!

Nesse momento de “defesa de direitos”, minha reverência a Hanna Arendt (‘pela defesa dos direitos individuais e das famílias’)!

Nesse momento de reflexão, minha [E]terna reverência a FILOSOFIA, que nos faz enxergar a própria ignorância (além de nos ensinar a morrer), o quanto somos insignificantes diante de tudo e o quanto temos a [re]aprender.


Gisela Durval 29/03/2020

26/03/2020

Competências específicas e habilidades - CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS





Competências e Habilidades 


O que são Competências?

Podemos definir as competências como a mobilização de conhecimentos e aprendizados para solucionar um problema.


O que são Habilidades?

De acordo com o escritor americano Robert Lee Katz, são as habilidades que transformam conhecimentos em ações para chegar a determinado objetivo.Em outras palavras, o grau de competência para dispor de seu conhecimento e torná-lo uma ação favorável.


 Endenta os códigos sugeridos em suas atividades de Ciências humanas e sociais e as respectivas habilidades envolvidas:


COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 1

Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.



(EM13CHS101) Identificar, analisar e comparar diferentes fontes e narrativas expressas em diversas linguagens, com vistas à compreensão de ideias filosóficas e de processos e eventos históricos, geográficos, políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais.
(EM13CHS102) Identificar, analisar e discutir as circunstâncias históricas, geográficas, políticas, econômicas, sociais, ambientais e culturais de matrizes conceituais (etnocentrismo, racismo, evolução, modernidade, cooperativismo/desenvolvimento etc.), avaliando criticamente seu significado histórico e comparando-as a narrativas que contemplem outros agentes e discursos.
(EM13CHS103) Elaborar hipóteses, selecionar evidências e compor argumentos relativos a processos políticos, econômicos, sociais, ambientais, culturais e epistemológicos, com base na sistematização de dados e informações de diversas naturezas (expressões artísticas, textos filosóficos e sociológicos, documentos históricos e geográficos, gráficos, mapas, tabelas, tradições orais, entre outros).
(EM13CHS104) Analisar objetos e vestígios da cultura material e imaterial de modo a identificar conhecimentos, valores, crenças e práticas que caracterizam a identidade e a diversidade cultural de diferentes sociedades inseridas no tempo e no espaço.
(EM13CHS105) Identificar, contextualizar e criticar tipologias evolutivas (populações nômades e sedentárias, entre outras) e oposições dicotômicas (cidade/campo, cultura/ natureza, civilizados/bárbaros, razão/emoção, material/virtual etc.), explicitando suas ambiguidades.
(EM13CHS106) Utilizar as linguagens cartográfica, gráfica e iconográfica, diferentes gêneros textuais e tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais, incluindo as escolares, para se comunicar, acessar e difundir informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.




COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 2

Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações.

(EM13CHS201) Analisar e caracterizar as dinâmicas das populações, das mercadorias e do capital nos diversos continentes, com destaque para a mobilidade e a fixação de pessoas, grupos humanos e povos, em função de eventos naturais, políticos, econômicos, sociais, religiosos e culturais, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a esses processos e às possíveis relações entre eles.
(EM13CHS202) Analisar e avaliar os impactos das tecnologias na estruturação e nas dinâmicas de grupos, povos e sociedades contemporâneos (fluxos populacionais, financeiros, de mercadorias, de informações, de valores éticos e culturais etc.), bem como suas interferências nas decisões políticas, sociais, ambientais, econômicas e culturais.
(EM13CHS203) Comparar os significados de território, fronteiras e vazio (espacial, temporal e cultural) em diferentes sociedades, contextualizando e relativizando visões dualistas (civilização/barbárie, nomadismo/sedentarismo, esclarecimento/obscurantismo, cidade/campo, entre outras).
(EM13CHS204) Comparar e avaliar os processos de ocupação do espaço e a formação de territórios, territorialidades e fronteiras, identificando o papel de diferentes agentes (como grupos sociais e culturais, impérios, Estados Nacionais e organismos internacionais) e considerando os conflitos populacionais (internos e externos), a diversidade étnico-cultural e as características socioeconômicas, políticas e tecnológicas.
(EM13CHS205) Analisar a produção de diferentes territorialidades em suas dimensões culturais, econômicas, ambientais, políticas e sociais, no Brasil e no mundo contemporâneo, com destaque para as culturas juvenis.
(EM13CHS206) Analisar a ocupação humana e a produção do espaço em diferentes tempos, aplicando os princípios de localização, distribuição, ordem, extensão, conexão, arranjos, casualidade, entre outros que contribuem para o raciocínio geográfico.




COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 3

Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produção, distribuição e consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.

(EM13CHS301) Problematizar hábitos e práticas individuais e coletivos de produção, reaproveitamento e descarte de resíduos em metrópoles, áreas urbanas e rurais, e comunidades com diferentes características socioeconômicas, e elaborar e/ou selecionar propostas de ação que promovam a sustentabilidade socioambiental, o combate à poluição sistêmica e o consumo responsável.
(EM13CHS302) Analisar e avaliar criticamente os impactos econômicos e socioambientais de cadeias produtivas ligadas à exploração de recursos naturais e às atividades agropecuárias em diferentes ambientes e escalas de análise, considerando o modo de vida das populações locais – entre elas as indígenas, quilombolas e demais comunidades tradicionais –, suas práticas agroextrativistas e o compromisso com a sustentabilidade.
(EM13CHS303) Debater e avaliar o papel da indústria cultural e das culturas de massa no estímulo ao consumismo, seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à percepção crítica das necessidades criadas pelo consumo e à adoção de hábitos sustentáveis.
(EM13CHS304) Analisar os impactos socioambientais decorrentes de práticas de instituições governamentais, de empresas e de indivíduos, discutindo as origens dessas práticas, selecionando, incorporando e promovendo aquelas que favoreçam a consciência e a ética socioambiental e o consumo responsável.
(EM13CHS305) Analisar e discutir o papel e as competências legais dos organismos nacionais e internacionais de regulação, controle e fiscalização ambiental e dos acordos internacionais para a promoção e a garantia de práticas ambientais sustentáveis.
(EM13CHS306) Contextualizar, comparar e avaliar os impactos de diferentes modelos socioeconômicos no uso dos recursos naturais e na promoção da sustentabilidade econômica e socioambiental do planeta (como a adoção dos sistemas da agrobiodiversidade e agroflorestal por diferentes comunidades, entre outros).





COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 4 

Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação e transformação das sociedades.


(EM13CHS401) Identificar e analisar as relações entre sujeitos, grupos, classes sociais e sociedades com culturas distintas diante das transformações técnicas, tecnológicas e informacionais e das novas formas de trabalho ao longo do tempo, em diferentes espaços (urbanos e rurais) e contextos.
(EM13CHS402) Analisar e comparar indicadores de emprego, trabalho e renda em diferentes espaços, escalas e tempos, associando-os a processos de estratificação e desigualdade socioeconômica.
(EM13CHS403) Caracterizar e analisar os impactos das transformações tecnológicas nas relações sociais e de trabalho próprias da contemporaneidade, promovendo ações voltadas à superação das desigualdades sociais, da opressão e da violação dos Direitos Humanos.
(EM13CHS404) Identificar e discutir os múltiplos aspectos do trabalho em diferentes circunstâncias e contextos históricos e/ou geográficos e seus efeitos sobre as gerações, em especial, os jovens, levando em consideração, na atualidade, as transformações técnicas, tecnológicas e informacionais.





COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 5 

Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.


(EM13CHS501) Analisar os fundamentos da ética em diferentes culturas, tempos e espaços, identificando processos que contribuem para a formação de sujeitos éticos que valorizem a liberdade, a cooperação, a autonomia, o empreendedorismo, a convivência democrática e a solidariedade.
(EM13CHS502) Analisar situações da vida cotidiana, estilos de vida, valores, condutas etc., desnaturalizando e problematizando formas de desigualdade, preconceito, intolerância e discriminação, e identificar ações que promovam os Direitos Humanos, a solidariedade e o respeito às diferenças e às liberdades individuais.
(EM13CHS503) Identificar diversas formas de violência (física, simbólica, psicológica etc.), suas principais vítimas, suas causas sociais, psicológicas e afetivas, seus significados e usos políticos, sociais e culturais, discutindo e avaliando mecanismos para combatê-las, com base em argumentos éticos.
(EM13CHS504) Analisar e avaliar os impasses ético-políticos decorrentes das transformações culturais, sociais, históricas, científicas e tecnológicas no mundo contemporâneo e seus desdobramentos nas atitudes e nos valores de indivíduos, grupos sociais, sociedades e culturas.




COMPETÊNCIA ESPECÍFICA 6 

Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.


(EM13CHS601) Identificar e analisar as demandas e os protagonismos políticos, sociais e culturais dos povos indígenas e das populações afrodescendentes (incluindo as quilombolas) no Brasil contemporâneo considerando a história das Américas e o contexto de exclusão e inclusão precária desses grupos na ordem social e econômica atual, promovendo ações para a redução das desigualdades étnico-raciais no país.
(EM13CHS602) Identificar e caracterizar a presença do paternalismo, do autoritarismo e do populismo na política, na sociedade e nas culturas brasileira e latino-americana, em períodos ditatoriais e democráticos, relacionando-os com as formas de organização e de articulação das sociedades em defesa da autonomia, da liberdade, do diálogo e da promoção da democracia, da cidadania e dos direitos humanos na sociedade atual.
(EM13CHS603) Analisar a formação de diferentes países, povos e nações e de suas experiências políticas e de exercício da cidadania, aplicando conceitos políticos básicos (Estado, poder, formas, sistemas e regimes de governo, soberania etc.).
(EM13CHS604) Discutir o papel dos organismos internacionais no contexto mundial, com vistas à elaboração de uma visão crítica sobre seus limites e suas formas de atuação nos países, considerando os aspectos positivos e negativos dessa atuação para as populações locais.
(EM13CHS605) Analisar os princípios da declaração dos Direitos Humanos, recorrendo às noções de justiça, igualdade e fraternidade, identificar os progressos e entraves à concretização desses direitos nas diversas sociedades contemporâneas e promover ações concretas diante da desigualdade e das violações desses direitos em diferentes espaços de vivência, respeitando a identidade de cada grupo e de cada indivíduo.
(EM13CHS606) Analisar as características socioeconômicas da sociedade brasileira – com base na análise de documentos (dados, tabelas, mapas etc.) de diferentes fontes – e propor medidas para enfrentar os problemas identificados e construir uma sociedade mais próspera, justa e inclusiva, que valorize o protagonismo de seus cidadãos e promova o autoconhecimento, a autoestima, a autoconfiança e a empatia.

25/03/2020

Juízos: de fato (natural) X de valor (cultural)





Juízos de fato e juízos de valor


setembro 1, 2019 - 


Um juízo de fato é uma afirmação que se propõe a retratar ou descrever algum aspecto da realidade. Se digo “Marcelo tem 70 quilos” ou “existem onças nas florestas brasileiras” estou fazendo um juízo dessa natureza. Um juízo de fato é qualquer afirmação que pode ser verdadeira ou falsa, dependendo do fato de existir ou não a realidade descrita pela afirmação. [...]


Um juízo de valor, por outro lado, não pretende descrever um aspecto da realidade, mas avaliar esse aspecto como bom ou ruim. Se afirmo que “Marcelo é uma pessoa boa”, não estou fazendo uma descrição, estou avaliando o comportamento dessa pessoa. Da mesma forma, se digo que “a desigualdade de riqueza existente no Brasil é injusta”, não estou apenas afirmando que existe desigualdade no Brasil. Estou atribuindo um valor negativo a essa realidade.

Juízos de fato são também chamados de juízos descritivos, na medida em que se limitam a fornecer informações sobre a realidade. Eles descrevem a realidade para que possamos conhecê-la.

Juízos de valor, ao contrário, são normativos ou prescritivos. Eles são usados, na maioria das vezes, para influenciar o comportamento das pessoas. Se digo que a desigualdade no Brasil é injusta, quero influenciar o comportamento das pessoas de alguma forma, para que essa realidade injusta deixe de existir.

Assim, um juízo de valor negativo serve para tentar fazer com que o fato avaliado negativamente deixe de existir. Um juízo positivo, por sua vez, serve para que o fato avaliado positivamente passe a existir ou continue existindo.


conteúdo completo disponível em 

24/03/2020

SOBRE A QUESTÃO DO MITO DA NEUTRALIDADE NA CIÊNCIA










Gisela Durval (2011)


Inicialmente é preciso conceituar a palavra conhecimento, já que a mesma estabelece a relação entre sujeito que conhece ou deseja conhecer e o objeto a ser conhecido ou que se dá a conhecer.

Sabemos que o conhecimento pode ser classificado em vulgar, em primeiro grau, e cientifico, em segundo grau – que é o que ora nos interessa assim, é possível elencar qual seria essa concepção de conhecimento e mais... O que entendemos por ciência?

Para Marilena Chauí (2006), conhecimento científico é aquele adquirido de um caso particular de forma ampla ou geral, ou seja, é aquele a posteriori, não é um conhecimento vulgar, é a especialização da simples noção. O conhecimento científico é aquele que se desenvolve através da técnica, da ciência da observação e da certeza.

Será?



Um dos mais nocivos vícios da ciência moderna é a fé de que a ciência é neutra. O discurso de neutralidade da ciência nasce, em sua prática, junto ao discurso científico, sua primeira ilusão.

Reforçado por uma reconstrução histórica conveniente e alicerçada pelos frutos da técnica, a neutralidade da ciência se tornou no século XX um pressuposto demarcatório para a ação dos cientistas, assim como para determinar a relação da ciência com a sociedade. Este é um ponto de reflexão que deve ser tangenciado na prática educativa, política e, sobretudo, na prática cidadã.

O conhecimento científico é transpassado por uma dinâmica das relações dos conceitos científicos, o que de certa forma já é esperado, mas devemos incluir a isso a dinâmica das relações das comunidades científicas e a dinâmica das relações da sociedade de maneira mais ampla. Não podemos e não devemos negar o fato de que no seio da atividade científica reside a ação política (política não partidária, mas política), isso ganha materialidade nas justificativas dos pedidos de financiamento, nos recursos aos pedidos de financiamento, nos pareceres científicos, na divulgação científica, no livro didático etc. Seja por traz da ação laboratorial ou da construção teórica, existem latentes as diversas visões sobre o ser humano, sobre a finalidade do “seu fazer” e sobre seu papel na sociedade. Estas noções orientam a ação do cientista, educador, leitor e estudante e no fundo determina se ele se responsabiliza ou não por isso.

Como justificar para a humanidade, que em sua maioria carece das condições básicas de subsistência, o financiamento de bilhões para um hadron collider, sem criar a necessidade de pânico apocalíptico? A justificativa é em ultima análise uma ação política. Como justificar a uma comunidade científica e uma sociedade com ranço inquisidor, que a terra sofre influência do sol à distância e sem agente material alguma? Essa é antes uma ação política, que traz consigo a responsabilidade.

Assumir a ciência como não neutra implica em me responsabilizar, em repensar minha prática científica, educativa e cidadã, implica em re-situar minha pesquisa em meio aos propósitos humanos. O mais doloroso, mas necessário é desmistificar a ciência e trazê-la para o mundo. Neste âmbito, da responsabilidade, passa a ser legitimo questionar os rumos do desenvolvimento científico, fora disso nos parece absurdo.

Considerando as observações de Japiassu (1975), enfatizamos que muitos vêem nos cientistas os detentores do “magistério da realidade”, mas os limites destes – pois as técnicas são em si limitadas – colocam a ciência num patamar “intocável”, como foi a Igreja (sistema religioso) Medieval.

O conhecimento não nasce do vazio e sim das experiências que acumulamos em nossa vida cotidiana, através de experiências, dos relacionamentos interpessoais, das leituras de livros e artigos diversos, entre outros.

Complementando e justificando Karl Popper (1902-1994), a Ciência não descobre verdades, ela no máximo poder afirmar por negatividade, ou seja, a Ciência ao formular uma teoria, no máximo pode afirmar como o mundo não é, e não como ele é. A Ciência crê que chega às verdades a partir de fatos do mundo e que através destes fatos chega na teoria. Mas, Popper mostrou com a teoria “falsificacionista”, que a Ciência começa com uma teoria, que é uma hipótese geral e com ela tenta “apanhar os fatos”.

Parafraseando Japiassu (1975), a imagem mítica do cientista ignora que ele faz parte e depende de uma estrutura bem real do mundo que o cerca. Onde vamos parar? Elevar a ciência de status inatingível é dizer que aquele que acredita na neutralidade do discurso está iludido sobre sua própria condição (grifo nosso).

Outro pensador a citar – que se assemelha ao pensamento de Popper é Thomas Kuhn (1922-1986). O pensador acreditava que, durante períodos de "ciência normal", os cientistas trabalham dentro do mesmo paradigma. A comunicação e trabalho científico prosseguem de forma relativamente sem percalços até que ocorram anomalias, ou que uma nova teoria ou modelo seja proposta, exigindo que se entenda conceitos científicos tradicionais de novas maneiras, e que se rejeite velhos pressupostos e substitua-os por novos.

Para Kuhn, revoluções científicas ocorrem durante aqueles períodos em que pelo menos dois paradigmas coexistem, um tradicional e pelo menos um novo. Os paradigmas são incomensuráveis, assim como os conceitos usados para entender e explicar fatos e crenças básicas. Os dois grupos vivem em mundos diferentes. O movimento do antigo para o novo paradigma foi chamado de mudança de paradigma.

Tais pensadores colocam a questão da ciência em ser neutra, excessivamente verdadeira.



Concluímos, pois, que o conhecimento cientifico apesar de ter base experimental não é inquestionável podendo ele a qualquer momento ser contestado e perder a sua suposta veracidade, quando algum argumento contraditório conseguir sobrepor – se ao primeiro e assim sendo, não se pode conviver com contradições. Este tipo de conhecimento pode ser completamente independente de um contexto predeterminado utilizando-se afirmações generalizadas podendo ser aplicado a diferentes situações e épocas. E ainda, pode ser verdade irrefutável em uma época e absurdamente errado em outra.


Referências Bibliográficas:


CHAUÍ, Marilena. Convite a filosofia. São Paulo: Ática, 2006.

Excerto da obra O mito da neutralidade científica:

JAPIASSU, Hilton. O mito da neutralidade científica. Rio de Janeiro: Imago Editora, 1975. p.116

BASTOS, Cleverson Leite; CANDIOTTO, Kleber B.B. Filosofia da Ciência. Rio de Janeiro: Editora Vozes, 2008.

Apostila do curso de Licenciatura em Filosofia – Ceuclar – Filosofia da ciência, desenvolvida pelo professor mestre Ricardo Matheus Benedicto. Ano 2011.



E- Referências:

Rodrigo da Silva Barroso, O que é conhecimento científico, publicado em 11/5/2008, disponível em < http://www.webartigos.com/artigos/o-que-e-conhecimento-cientifico/5983/> acesso em 30. out.2011.

Tipos de conhecimento, disponível em <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/met02b.htm> acesso em 30. out.2011.

David Hume - Impressões e ideias



A Filosofia de David Hume – Impressões e Ideias



I. Noções Gerais

            John Locke(1632-1704) tinha determinado o princípio fundamental do empirismo: o objeto imediato do conhecimento são as sensações que o sujeito experimenta dentro de si.

A partir desta doutrina surgiu o problema de determinar se fora dessas representações subjetivas não era uma realidade que lhes corresponde, e se essa realidade era cognoscível .

Locke, com alguma hesitação, fazendo uso do princípio da causalidade, concluiu afirmativamente, admitindo a existência de substância como suporte de tais sensações, e a existência de Deus.

George Berkeley (1685-1753), outro empirista líder, tinha atacado a distinção entre o material e a substância espiritual, e negou a existência da primeira, que reduziu a um modo de sensação. Tinha, no entanto, afirmado a existência de substâncias espirituais, Deus e os espíritos.

Hume (1711-1776) aceitou dogmaticamente o que tinha sido o passo inicial para Locke e Berkeley - ou seja, que o objeto do conhecimento é o único sentido das impressões percebidas pelo sujeito. Mas não se permitiu fazer qualquer concessão à filosofia clássica, como Locke fez ao admitir a validade do princípio da causalidade e da existência de substância. Nem era guiada por nenhum princípio dogmático ou religioso, tais como aqueles que levaram Berkeley a admitir a existência da substância espiritual. Em vez disso, Hume logicamente desenvolvido para as suas conclusões extremo o princípio empirista de que impressões subjetivas são só os objetos imediatos do conhecimento. Passagem fora de nossas impressões sensíveis, não é possível. Portanto, não há metafísica: não sabemos nada de Deus, do mundo exterior, ou da nossa própria alma.
II. Teoria do Conhecimento de Hume

Segundo Hume, o principal elemento constitutivo e fundamental do conhecimento são impressões e ideias. A diferença entre impressões e ideias reside no grau de vivacidade com que o fato sensorial é apresentado.

Assim, a impressão é uma percepção real viva que, como diz Hume, traz consigo a convicção ou crença positiva na existência de uma realidade objetiva correspondente. A ideia é um elemento derivado da impressão e, portanto, menos nítida do que a última, uma cópia a impressão que abandona. Uma coisa é abrir os olhos e ver a tapeçaria vermelha na sala onde estou sentado, a mesa em que estou escrevendo e os objetos que estão na tabela. Outra coisa é fechar os olhos e ter a imagem do que eu vi em meu quarto. O primeiro é impressão, porque é viva , o segundo é uma fraca representação dos primeiros e é uma ideia.
Impressões e ideias não são átomos psíquicos isolados uns dos outros . Eles são todos ligados entre si por uma inclinação para lembrar um outro. Isso permite que o pensamento de passar de uma impressão real a ideia de outras impressões obtidas no passado e, a partir dessas ideias com outras ideias. Este é o direito de associação de ideias.

Um ponto fundamental na doutrina de Hume e as bases para ideias complexas. Assim, as ideias são naturalmente associadas entre si e formam grandes grupos, e esses grupos, por sua vez estão relacionados a formação de grupos ainda maiores. A crença de que por trás desses grupos de representações há uma realidade que lhes corresponde dá origem a crença em um mundo externo, regulado pelas mesmas leis que existem no mundo do pensamento.
Hume distingue três tipos de associação do tipo:

semelhança,
contiguidade no tempo e no espaço,
causa e efeito.

Outra lei fundamental da teoria de Hume de que o conhecimento é de hábito.

 Impressões se sucedem com uma certa constância. Por exemplo, toda vez que me aproximo perto do fogão, me sinto quente. Essa percepção , experimentada no passado, de ter observado um fenômeno constantemente unidos com o outro, dá origem ao hábito de minha espera , também no futuro uma repetição do que aconteceu no passado , de modo que , depois de ter colocado a primeira condição , eu tenho um confiante esperança da segunda : cada vez que me aproximo do fogão, por força do hábito, espero me aquecer => Força do hábito dá à constância do fenômeno experimentado no passado a força do necessidade metafísica.

Quanto absoluta certeza somos capazes de alcançar? Hume admite apenas dois casos:
  • A certeza encontrada em coisas fatuais, quando nos limitamos à verificação e descrição dos fatos expressa pela sensação de passado ou presente, real (e ignorar aqueles que serão apresentados no futuro) . Assim, um objeto é visto ao lado da outra, ou após o outro, e essas relações espaciais e temporais incluídas na impressão são certas. Estou igualmente certo que algumas impressões têm sido constantemente correlacionadas no passado - por exemplo, quando uma bola bateu em outra, esta última mudou.
  • A segurança encontrada nas relações entre ideias = Para supor que as ideias mantêm a sua identidade, as relações entre eles serão constantes. Por essas relações dependem da universalidade e da necessidade de demonstrações matemáticas, que nos mostram as relações entre as ideias que são imutáveis em abstrato - ideias cujo valor lógico não depende dos objetos que lhes correspondem.
Fora estes dois tipos, não há certeza, filosófico ou científico, forte o suficiente para excluir todos os dúvida.


O Método de Hume

A razão não possui patrimônio apriorístico.
A consciência cognoscente não retira seus conteúdos da razão, mas exclusivamente da experiência.
A única fonte do conhecimento humano é a experiência




Texto completo em:

O Empirismo Em David Hume publicado 19/05/2008 por Robson Stigar em http://www.webartigos.com





23/03/2020

De olho na BNCC



[...]É imprescindível destacar que as competências gerais da Educação Básica, apresentadas a seguir, inter-relacionam-se e desdobram-se no tratamento didático proposto para as três etapas da Educação Básica (Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio), articulando-se na construção de conhecimentos, no desenvolvimento de habilidades e na formação de atitudes e valores, nos termos da LDB.[...]
COMPETÊNCIAS GERAIS DA EDUCAÇÃO BÁSICA 

1. Valorizar e utilizar os conhecimentos historicamente construídos sobre o mundo físico, social, cultural e digital para entender e explicar a realidade, continuar aprendendo e colaborar para a construção de uma sociedade justa, democrática e inclusiva.

2. Exercitar a curiosidade intelectual e recorrer à abordagem própria das ciências, incluindo a investigação, a reflexão, a análise crítica, a imaginação e a criatividade, para investigar causas, elaborar e testar hipóteses, formular e resolver problemas e criar soluções (inclusive tecnológicas) com base nos conhecimentos das diferentes áreas.

3. Valorizar e fruir as diversas manifestações artísticas e culturais, das locais às mundiais, e também participar de práticas diversificadas da produção artístico-cultural.

4. Utilizar diferentes linguagens – verbal (oral ou visual-motora, como Libras, e escrita), corporal, visual, sonora e digital –, bem como conhecimentos das linguagens artística, matemática e científica, para se expressar e partilhar informações, experiências, ideias e sentimentos em diferentes contextos e produzir sentidos que levem ao entendimento mútuo.

5. Compreender, utilizar e criar tecnologias digitais de informação e comunicação de forma crítica, significativa, reflexiva e ética nas diversas práticas sociais (incluindo as escolares) para se comunicar, acessar e disseminar informações, produzir conhecimentos, resolver problemas e exercer protagonismo e autoria na vida pessoal e coletiva.

6. Valorizar a diversidade de saberes e vivências culturais e apropriar-se de conhecimentos e experiências que lhe possibilitem entender as relações próprias do mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.

7. Argumentar com base em fatos, dados e informações confiáveis, para formular, negociar e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns que respeitem e promovam os direitos humanos, a consciência socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional e global, com posicionamento ético em relação ao cuidado de si mesmo, dos outros e do planeta.

8. Conhecer-se, apreciar-se e cuidar de sua saúde física e emocional, compreendendo-se na diversidade humana e reconhecendo suas emoções e as dos outros, com autocrítica e capacidade para lidar com elas.

9. Exercitar a empatia, o diálogo, a resolução de conflitos e a cooperação, fazendo-se respeitar e promovendo o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade de indivíduos e de grupos sociais, seus saberes, identidades, culturas e potencialidades, sem preconceitos de qualquer natureza.

10. Agir pessoal e coletivamente com autonomia, responsabilidade, flexibilidade, resiliência e determinação, tomando decisões com base em princípios éticos, democráticos, inclusivos, sustentáveis e solidários.


COMPETÊNCIAS ESPECÍFICAS DE CIÊNCIAS HUMANAS E SOCIAIS APLICADAS PARA O ENSINO MÉDIO 

1. Analisar processos políticos, econômicos, sociais, ambientais e culturais nos âmbitos local, regional, nacional e mundial em diferentes tempos, a partir da pluralidade de procedimentos epistemológicos, científicos e tecnológicos, de modo a compreender e posicionar-se criticamente em relação a eles, considerando diferentes pontos de vista e tomando decisões baseadas em argumentos e fontes de natureza científica.

2. Analisar a formação de territórios e fronteiras em diferentes tempos e espaços, mediante a compreensão das relações de poder que determinam as territorialidades e o papel geopolítico dos Estados-nações.

3. Analisar e avaliar criticamente as relações de diferentes grupos, povos e sociedades com a natureza (produção, distribuição e consumo) e seus impactos econômicos e socioambientais, com vistas à proposição de alternativas que respeitem e promovam a consciência, a ética socioambiental e o consumo responsável em âmbito local, regional, nacional e global.

4. Analisar as relações de produção, capital e trabalho em diferentes territórios, contextos e culturas, discutindo o papel dessas relações na construção, consolidação e transformação das sociedades.

5. Identificar e combater as diversas formas de injustiça, preconceito e violência, adotando princípios éticos, democráticos, inclusivos e solidários, e respeitando os Direitos Humanos.

6. Participar do debate público de forma crítica, respeitando diferentes posições e fazendo escolhas alinhadas ao exercício da cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, consciência crítica e responsabilidade.


disponível na íntegra em <http://basenacionalcomum.mec.gov.br/>

Sobre o[s] " UNIVERSAL"





No século XII, é a discussão frequente entre os escolásticos => gêneros X espécie

Já visto em Platão como "formas" (ideias e não como pensamentos)

Porfírio 233/305 = (expoente do neoplatonismo que dedicou a explicar a lógica aristotélica ). Seus questionamentos resultam em duas "soluções" => FORMALISMO (Realismo) e NOMINALISMO.

REALISMO = afirma a existência dos Universais (objetivamente).

NOMINALISMO = nega.


UNIVERSAL - são conceitos (nomes) ou verdades universais (conceitualismo)

Questão que atingiu o conjunto de dogmas da igreja no período escolástico =

Exemplo: Trindade é apenas um nome para três substâncias diferentes (pai, filho e espírito santo)

Para um REALISTA = um particular é uma instância de um gênero universal.

Para um NOMINALISTA = não há gênero universal. É apenas um nome (emissão fonética)

Para o CONCEITUALISMO, os Universais são conteúdos de conceitos que são inteligíveis para nossa mente. 

A questão é:

O que nomeamos e tomamos como conceitos ou verdades universais?

COMPETÊNCIAS E HABILIDADES: FILOSOFIA


ENSINO MÉDIO

Sinteticamente, pode-se manter a listagem das competências e das habilidades a serem desenvolvidas em Filosofia em três grupos:

1º) Representação e comunicação:
• ler textos filosóficos de modo significativo;

• ler de modo filosófico textos de diferentes estruturas e registros;

• elaborar por escrito o que foi apropriado de modo reflexivo;

• debater, tomando uma posição, defendendo-a argumentativamente e mudando de posição em face de argumentos mais consistentes.


2º) Investigação e compreensão:
• articular conhecimentos filosóficos e diferentes conteúdos e modos discursivos nas ciências naturais e humanas, nas artes e em outras produções culturais.

3º) Contextualização sociocultural:

• contextualizar conhecimentos filosóficos, tanto no plano de sua origem específica quanto em outros planos: o pessoal-biográfico; o entorno sóciopolítico, histórico e cultural; o horizonte da sociedade científico-tecnológica.



ENEM - matriz de referência





Enem - Matriz de Referência – Ciências humanas e suas tecnologias 


Competência de Área 1 - Compreender os elementos culturais que constituem as identidades
H1 - Interpretar historicamente e/ou geograficamente fontes documentais acerca de aspectos da cultura.
H2 - Analisar a produção da memória pelas sociedades humanas.
H3 - Associar as manifestações culturais do presente aos seus processos históricos.
H4 - Comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura.
H5 - Identificar as manifestações ou representações da diversidade do patrimônio cultural e artístico em diferentes sociedades.

Competência de Área 2 - Compreender as transformações dos espaços geográficos como produto das relações socioeconômicas e culturais de poder
H6 - Interpretar diferentes representações gráficas e cartográficas dos espaços geográficos.
H7 - Identificar os significados histórico-geográficos das relações de poder entre as nações.
H8 - Analisar a ação dos estados nacionais no que se refere à dinâmica dos fluxos populacionais e no enfrentamento de problemas de ordem econômico-social.
H9 - Comparar o significado histórico-geográfico das organizações políticas e socioeconômicas em escala local, regional ou mundial.
H10 - Reconhecer a dinâmica da organização dos movimentos sociais e a importância da participação da coletividade na transformação da realidade histórico-geográfica.

Competência de Área 3 - Compreender a produção e o papel histórico das instituições sociais, políticas e econômicas, associando-as aos diferentes grupos, conflitos e movimentos sociais
H11 - Identificar registros de práticas de grupos sociais no tempo e no espaço.
H12 - Analisar o papel da justiça como instituição na organização das sociedades.
H13 - Analisar a atuação dos movimentos sociais que contribuíram para mudanças ou rupturas em processos de disputa pelo poder.
H14 - Comparar diferentes pontos de vista, presentes em textos analíticos e interpretativos, sobre situação ou fatos de natureza histórico-geográfica acerca das instituições sociais, políticas e econômicas.
H15 - Avaliar criticamente conflitos culturais, sociais, políticos, econômicos ou ambientais ao longo da história.

Competência de Área 4 - Entender as transformações técnicas e tecnológicas e seu impacto nos processos de produção, no desenvolvimento do conhecimento e na vida social
H16 - Identificar registros sobre o papel das técnicas e tecnologias na organização do trabalho e/ou da vida social.
H17 - Analisar fatores que explicam o impacto das novas tecnologias no processo de territorialização da produção.
H18 - Analisar diferentes processos de produção ou circulação de riquezas e suas implicações socioespaciais.
H19 - Reconhecer as transformações técnicas e tecnológicas que determinam as várias formas de uso e apropriação dos espaços rural e urbano.
H20 - Selecionar argumentos favoráveis ou contrários às modificações impostas pelas novas tecnologias à vida social e ao mundo do trabalho.

Competência de Área 5 - Utilizar os conhecimentos históricos para compreender e valorizar os fundamentos da cidadania e da democracia, favorecendo uma atuação consciente do indivíduo na sociedade
H21 - Identificar o papel dos meios de comunicação na construção da vida social.
H22 - Analisar as lutas sociais e conquistas obtidas no que se refere às mudanças nas legislações ou nas políticas públicas.
H23 - Analisar a importância dos valores éticos na estruturação política das sociedades.
H24 - Relacionar cidadania e democracia na organização das sociedades.
H25 - Identificar estratégias que promovam formas de inclusão social.

Competência de Área 6 - Compreender a sociedade e a natureza, reconhecendo suas interações no espaço em diferentes contextos históricos e geográficos
H26 - Identificar em fontes diversas o processo de ocupação dos meios físicos e as relações da vida humana com a paisagem.
H27 - Analisar de maneira crítica as interações da sociedade com o meio físico, levando em consideração aspectos históricos e(ou) geográficos.
H28 - Relacionar o uso das tecnologias com os impactos sócio-ambientais em diferentes contextos histórico-geográficos.
H29 - Reconhecer a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas.
H30 - Avaliar as relações entre preservação e degradação da vida no planeta nas diferentes escalas.


Objetos de conhecimento
associados às Matrizes de Referência


Diversidade cultural, conflitos e vida em sociedade

· Cultura Material e imaterial; patrimônio e diversidade cultural no Brasil. A Conquista da América. Conflitos entre europeus e indígenas na América colonial. A escravidão e formas de resistência indígena e africana na América.

· História cultural dos povos africanos. A luta dos negros no Brasil e o negro na formação da sociedade brasileira.

· História dos povos indígenas e a formação sócio-cultural brasileira.

· Movimentos culturais no mundo ocidental e seus impactos na vida política e social.


Formas de organização social, movimentos sociais, pensamento político e ação do Estado

· Cidadania e democracia na Antiguidade; Estado e direitos do cidadão a partir da Idade Moderna; democracia direta, indireta e representativa.

· Revoluções sociais e políticas na Europa Moderna.

· Formação territorial brasileira; as regiões brasileiras; políticas de reordenamento territorial.

· As lutas pela conquista da independência política das colônias da América.

· Grupos sociais em conflito no Brasil imperial e a construção da nação.

· O desenvolvimento do pensamento liberal na sociedade capitalista e seus críticos nos séculos XIX e XX.

· Políticas de colonização, migração, imigração e emigração no Brasil nos séculos XIX e XX.

· A atuação dos grupos sociais e os grandes processos revolucionários do século XX: Revolução Bolchevique, Revolução Chinesa, Revolução Cubana.

· Geopolítica e conflitos entre os séculos XIX e XX: Imperialismo, a ocupação da Ásia e da África, as Guerras Mundiais e a Guerra Fria.

· Os sistemas totalitários na Europa do século XX: nazifascista, franquismo, salazarismo e stalinismo. Ditaduras políticas na América Latina: Estado Novo no Brasil e ditaduras na América.

· Conflitos político-culturais pós-Guerra Fria, reorganização política internacional e os organismos multilaterais nos séculos XX e XXI.

· A luta pela conquista de direitos pelos cidadãos: direitos civis, humanos, políticos e sociais. Direitos sociais nas constituições brasileiras. Políticas afirmativas.

· Vida urbana: redes e hierarquia nas cidades, pobreza e segregação espacial.


Características e transformações das estruturas produtivas

· Diferentes formas de organização da produção: escravismo antigo, feudalismo, capitalismo, socialismo e suas diferentes experiências.

· Economia agroexportadora brasileira: complexo açucareiro; a mineração no período colonial; a economia cafeeira; a borracha na Amazônia.

· Revolução Industrial: criação do sistema de fábrica na Europa e transformações no processo de produção. Formação do espaço urbano-industrial.

· Transformações na estrutura produtiva no século XX: o fordismo, o Toyotismo, as novas técnicas de produção e seus impactos.

· A industrialização brasileira, a urbanização e as transformações sociais e trabalhistas.

· A globalização e as novas tecnologias de telecomunicação e suas consequências econômicas, políticas e sociais.

· Produção e transformação dos espaços agrários. Modernização da agricultura e estruturas agrárias tradicionais. O agronegócio, a agricultura familiar, os assalariados do campo e as lutas sociais no campo. A relação campo-cidade.


Os domínios naturais e a relação do ser humano com o ambiente

· Relação homem-natureza, a apropriação dos recursos naturais pelas sociedades ao longo do tempo. Impacto ambiental das atividades econômicas no Brasil.

· Recursos minerais e energéticos: exploração e impactos. Recursos hídricos; bacias hidrográficas e seus aproveitamentos.

· As questões ambientais contemporâneas: mudança climática, ilhas de calor, efeito estufa, chuva ácida, a destruição da camada de ozônio. A nova ordem ambiental internacional; políticas territoriais ambientais; uso e conservação dos recursos naturais, unidades de conservação, corredores ecológicos, zoneamento ecológico e econômico.

· Origem e evolução do conceito de sustentabilidade.

· Estrutura interna da terra. Estruturas do solo e do relevo; agentes internos e externos modeladores do relevo.

· Situação geral da atmosfera e classificação climática. As características climáticas do território brasileiro.

· Os grandes domínios da vegetação no Brasil e no mundo.


Representação espacial

· Projeções cartográficas; leitura de mapas temáticos, físicos e políticos; tecnologias modernas aplicadas à cartografia.



Para a realização da prova do Enem é importante o domínio dos cinco eixos cognitivos comuns as áreas de conhecimento.

Eixos Cognitivos comuns a todas as áreas


I. Dominar linguagens (DL): dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das línguas espanhola e inglesa.
II. Compreender fenômenos (CF): construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas.
III. Enfrentar situações-problema (SP): selecionar, organizar, relacionar, interpretar problema dados e informações representados de diferentes formas, para tomar decisões e enfrentar situações-problema.
IV. Construir argumentação (CA): relacionar informações, representadas em diferentes formas, e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente.
V. Elaborar propostas (EP): recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.

[pRé] Socráticos

    FILÓSOFOS PRÉ-SOCRÁTICOS (ou físicos)   Nome Contexto   Escola Principais...